Baile da teca!

Apesar de serem majoritariamente encontradas em água doce, algumas espécies de tecamebas podem viver em ambientes que tenham uma salinidade elevada, como os estuários. Contudo, como tudo na vida, há limites. E esses organismos não são capazes de tolerar as altas concentrações de sais que existem nos mares.

Os foraminíferos são organismos que apresentam muitas semelhanças com as amebas testáceas. Também apresentam uma teca que os abrigam, podendo ser autossecretada ou aglutinada. Entretanto, são predominantes em águas salgadas. Então, enquanto um foraminífero adoraria curtir uma festa no mar, as tecamebas possuem sua presença dificultada pela sua intolerância a alta salinidade desse ambiente.

Dica de Artigo!

Uma teca grande ou pequena? Este artigo de Geziele Mucio Alves e colaboradores estudará, a partir de observações em um lago no Paraná, quais são as vantagens e desvantagens de se ter diferentes tamanhos de teca e quais variáveis determinariam o melhor tamanho para obter sucesso em diferentes habitats. O resultado é surpreendente e se relaciona com a resposta de outros organismos previamente estudados la. Confira completo no link: https://doi.org/10.1016/j.ejop.2011.10.004

Quem é essa tecameba?

Euglypha rotunda (Ehrenberg, 1845)

Esta tecameba, encontrada em musgos, sedimento e no plâncton, em ambientes lênticos, semilóticos e lóticos, chama atenção pelas placas ovaladas que formam toca sua teca, que pode ser mais ou menos arredondada ou ovalada, dando a ela um aspecto de cristal, além de sua bela abertura dentada

Foto: MIRANDA, 2018. Ecologia da comunidade zooplanctônica de um riacho costeiro da Mata Atlântica, Rio de Janeiro, Brasil. Tese de Doutorado em Ecologia e Evolução. - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

MICROWORLD. World of amoeboid organisms, 2019. Disponível em <arcella.nl> Acessado em 18 Mai 2020.

Referências:

MICROWORLD. World of amoeboid organisms, 2019. Disponível em <arcella.nl> Acessado em 18 Mai 2020.

SOUZA, M.B.G. Guia das Tecamebas, Bacia do Rio Peruaçu - Minas Gerais. Subsídio para conservação e monitoramento da Bacia do Rio São Francisco. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

MIRANDA, 2018. Ecologia da comunidade zooplanctônica de um riacho costeiro da Mata Atlântica, Rio de Janeiro, Brasil. Tese de Doutorado em Ecologia e Evolução. - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.