Uma teca seletiva

Algumas tecamebas formam suas carapaças com materiais no ambiente e estas apresentam uma certa seletividade na escolha dos materiais utilizados, mas, assim como para qualquer um, tudo tem seu limite!

A seletividade existe, mas não é fator limitante.

Dica de Artigo!

Sempre tratamos aqui que nossas queridas tecamebas podem ser usadas para bioindicação. Nesse artigo que acaba de completar 1 ano de publicação, os autores utilizarão as tecamebas para observar a existência de metais pesados, como cobre, chumbo e zinco em ambientes poluídos. Quer saber como? Leia completo em: https://doi.org/10.1007/s00248-019-01383-x

Quem é essa tecameba?

Difflugia acuminata (Ehrenberg, 1838)

Algumas características são claras quando identificamos esta espécie, como seu formato cilíndrico e alongado, com base alargada e um espinho terminal que varia de tamanho, porém, devido a suas variações morfológicas (muitas vezes devido aos diferentes grãos que aglutinam) espécimes dessa teca já foram descrita como diferentes espécies algumas vezes. Sua teca é majoritariamente formada por grãos minerais, porém pode utilizar frústulas de diatomáceas e, indivíduos encontrados em Sphagnum já foram vistos com tecas formadas apenas por diatomáceas.

Ela pode ser encontrada em ambientes lóticos e lênticos, em águas doces, eutrofizadas ou oligotróficas e em Sphagnum.

Foto: MIRANDA, 2018. Ecologia da comunidade zooplanctônica de um riacho costeiro da Mata Atlântica, Rio de Janeiro, Brasil. Tese de Doutorado em Ecologia e Evolução. - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Diferentes tecas de D. acuminata. MICROWORLD. World of amoeboid organisms, 2019. Disponível em <arcella.nl> Acessado em 11 Mai 2020.

Referências:

MICROWORLD. World of amoeboid organisms, 2019. Disponível em <arcella.nl> Acessado em 11 Mai 2020.

SOUZA, M.B.G. Guia das Tecamebas, Bacia do Rio Peruaçu - Minas Gerais. Subsídio para conservação e monitoramento da Bacia do Rio São Francisco. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

MIRANDA, 2018. Ecologia da comunidade zooplanctônica de um riacho costeiro da Mata Atlântica, Rio de Janeiro, Brasil. Tese de Doutorado em Ecologia e Evolução. - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.